Os dados constam de um boletim parcial que contém informações geradas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que esclarece como houve 1.057 notificações de saída e 423 de compra de votos ou corrupção eleitoral.
O balanço tem 309 casos de propaganda eleitoral irregular, 203 de violação ou tentativa de violação do segredo de voto e 64 de desobediência a ordens da Justiça Eleitoral.
Mais de 520 mil reais (pouco mais de 96 mil dólares) foram confiscados e houve ainda a apreensão de 47 veículos identificados como utilizados para o transporte irregular de eleitores, bem como a apreensão de 28 armas de fogo.
As informações foram compiladas pelo Centro Integrado Nacional de Comando e Controle, sediado nesta capital, que tem a integração dos órgãos de segurança sob a coordenação da pasta da Justiça.
As equipes integrantes são da Polícia Rodoviária Federal e Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, além de outras autoridades.O balanço final deverá ser divulgado esta segunda-feira, quando termina o preenchimento das estatísticas por todos os órgãos do Estado.
Cerca de 156 milhões de brasileiros puderam votar para eleger prefeitos, vice-prefeitos e vereadores dos 5.569 municípios do país.
Estas eleições são cruciais porque permitem que os cidadãos influenciam diretamente as políticas e questões locais que afetam as suas comunidades, tais como transportes, saúde e educação.
Além disso, são vistos como um termômetro político para medir o apoio aos partidos antes das eleições presidenciais, marcadas para 2026.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, apoiado pelo ex-presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (2019-2022), buscará a reeleição no dia 27 de outubro no segundo turno contra o deputado Guilherme Boulos, candidato apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Por sua vez, o atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, foi reeleito para um quarto mandato, após obter a maioria absoluta dos votos.
Paes venceu facilmente seu principal candidato, Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência durante o mandato de Bolsonaro.
A titular do Tribunal Superior Eleitoral, Carmen Lúcia Antunes, comemorou a calma com que a sociedade veio votar e apontou, apenas como preocupante, uma abstenção que, em média, atingiu 21,71 %, apesar de o voto ser obrigatório no Gigante Sul americano.
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