A Sociedade do Crescente Vermelho informou que desse número, três pessoas perderam a vida e várias sofreram ferimentos após um ataque a tendas para pessoas deslocadas na rua Al-Sikka.
Por seu lado, a agência de notícias oficial Wafa relatou uma morte e numerosos feridos nos ataques israelitas contra a cidade de Rafah, no sul do país.
Na semana passada, as Forças Armadas daquele país lançaram uma operação terrestre massiva contra o norte do enclave costeiro, após ordenarem a evacuação forçada da população daquela região.
As estações de televisão regionais descreveram como um inferno a situação no campo de refugiados de Jabalia, onde se ouvem explosões e tiroteios enquanto os palestinos fogem para o sul, a única rota de fuga aberta após o cerco militar.
No mês passado, a Khan Broadcasting Corporation revelou que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estudou um projecto para remover à força a população palestiniana do norte da Faixa.
Segundo a fonte, durante uma reunião à porta fechada da Comissão de Negócios Estrangeiros e Defesa no Knesset (Parlamento), Netanyahu disse que o plano era muito lógico.
É uma das iniciativas que estamos a considerar, mas há muitas outras para desmantelar o controlo civil do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), disse o político de direita.
O projecto é conhecido como Plano do General porque foi preparado por altos funcionários reformados do Exército, incluindo Giora Eiland, antigo chefe do Conselho de Segurança Nacional.
Eiland detalhou sua proposta no YouTube, que inclui o deslocamento da população da região Norte, que seria declarada zona militar fechada.
Muitos ministros israelitas e membros do Knesset apoiaram publicamente o restabelecimento de colónias no enclave costeiro nos últimos meses, ao qual se opõe a ONU e a comunidade internacional.
O jornal Haaretz revelou em agosto que Netanyahu planeia manter o Exército na Faixa depois do fim do conflito e do início da colonização judaica no norte.
“A ocupação (de Gaza) é o objetivo pelo qual Netanyahu luta, mesmo ao custo da morte dos reféns restantes (israelenses) e com o risco de uma guerra regional”, disse Aluf Benn, editor-chefe do jornal.
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