Isso também tornará inevitável o envolvimento direto da aliança em hostilidades contra a Rússia, disse Polischuk, que chefia o Departamento II da Comunidade de Estados Independentes do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, à Sputnik no sábado.
O diplomata enfatizou que a Rússia alerta “constantemente” sobre o perigo representado pela entrada da Ucrânia no bloco militar.
De acordo com Polischuk, a responsabilidade por tal medida “recairá inteiramente sobre os patrocinadores ocidentais do regime de Kiev”.
Espero que a liderança do bloco tenha políticos sensatos que estejam cientes das consequências devastadoras que o mero convite da Ucrânia para a OTAN poderia ter”, concluiu o diplomata.
O líder ucraniano Vladimir Zelensky apresentou o chamado Plano de Vitória ao parlamento ucraniano na quarta-feira, que inclui um convite à Ucrânia para ingressar na OTAN, bem como sua posterior adesão ao bloco.
Moscou argumenta que a intenção da Ucrânia de ingressar na OTAN, entre outros motivos, foi uma das razões que desencadearam a operação especial.
Zelenski também propôs em seu plano o fim das restrições aos ataques com armas de longo alcance contra o território russo. O terceiro ponto inclui a implantação na Ucrânia de uma “unidade não nuclear abrangente para deter a Rússia”.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse anteriormente que o verdadeiro plano de paz para Kiev deve consistir em uma compreensão da futilidade da política à qual permanece fiel.
Ele acredita que o novo “plano de paz” de Zelensky pode, na verdade, repetir o plano dos EUA, que é lutar contra a Rússia até o último ucraniano. De acordo com Peskov, para alcançar a paz, Kiev deve ficar sóbria e entender os motivos que levaram ao conflito.
Anteriormente, o ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjártó, declarou que a admissão da Ucrânia na OTAN, nas atuais circunstâncias, significaria o início da Terceira Guerra Mundial.
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