Num comunicado divulgado pelo seu porta-voz, o chefe das Nações Unidas exigiu respeito e proteção aos civis no enclave “em todos os momentos”, ao mesmo tempo que rejeitou os ataques das forças israelitas contra blocos residenciais que deixaram dezenas de mortos no sábado.
O veterano diplomata reiterou o seu alarme perante a rápida deterioração da situação dos palestinos presos no norte da Faixa, que enfrentam deslocamentos massivos e falta de elementos essenciais para a sobrevivência.
“As violações do direito humanitário internacional que estamos a testemunhar em Gaza por todas as partes neste conflito são inaceitáveis”, disse Farhan Haq, porta-voz adjunto de Guterres, durante um briefing.
O porta-voz considerou essencial a responsabilização por crimes internacionais cometidos por qualquer parte.
Pouco antes, o Gabinete dos Direitos Humanos da ONU alertou que as operações militares de Israel no Norte poderiam equivaler à destruição generalizada da população palestina na região.
O contexto atual, acrescentou o Escritório, deixa muitos à beira da fome.
“Embora o exército israelita tenha exigido que todos os civis abandonassem o norte de Gaza, continuou a bombardear e a atacar incansavelmente a área, especialmente dentro e à volta do campo de Jabalya”, recordou um comunicado de imprensa.
Os ataques tornam a fuga de civis extremamente perigosa, enquanto uma parte da população tem medo de abandonar as suas terras e nunca mais poder regressar, alertou.
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