A nova autoridade tomará posse na tarde de quarta-feira, substituindo o atual dirigente do Ministério Público, Juan Lanchipa, que concluiu o seu mandato constitucional esta terça-feira.
“Com o voto de mais de dois terços dos deputados presentes, o cidadão Mariaca Montenegro Roger Riden é eleito e nomeado Procurador-Geral do Estado (…)”, confirmou o presidente da ALP, David Choquehuanca.
O vice-presidente do Estado Plurinacional afirmou ainda que, de acordo com o artigo 39 da Lei 1.579, a presidência da ALP fará o respectivo juramento de posse no dia 23 do corrente mês às 16h, horário da Bolívia.
Mariaca nasceu em 24 de novembro de 1987 em Santa Cruz, tem 36 anos e experiência na advocacia criminal, com especialização em defesa e promoção da justiça.
Até esta segunda-feira atuava como procurador departamental de Santa Cruz.
Na etapa de avaliação de mérito obteve 163 de 200 pontos (a segunda maior pontuação) e na primeira votação na ALP conseguiu o apoio de 83 parlamentares, o que motivou um segundo turno.
Pelo regulamento, concorreu naquela votação ao segundo melhor apoiado na fase inicial, o advogado e atual gestor distrital do Conselho da Magistratura de Santa Cruz, Milton Montellano, que acabou por conseguir apenas o apoio de 33 dos 161 legisladores presentes. .
“Meu objetivo é consolidar a justiça na Bolívia como procurador-geral do Estado, promovendo uma gestão mais transparente, eficiente e comprometida com os princípios constitucionais (…)”, disse Mariaca no documento entregue à ALP ao apresentar sua candidatura.
Acrescentou nessa ocasião que ambiciona dirigir o Ministério Público com independência e imparcialidade, garantindo o respeito pelos direitos humanos e a correta repressão do crime, sempre sob os princípios da legalidade, eficiência e justiça social.
A Segunda Câmara Constitucional de La Paz rejeitou esta segunda-feira uma proteção constitucional apresentada por Porfirio Machado contra o processo de pré-seleção de candidatos a procurador-geral do Estado, informou a rede DTV.
Essa decisão garantiu a nomeação da nova autoridade, que estava em tramitação no ALP.
Machado acusou suposta violação de seus direitos e garantias estabelecidos na Constituição no processo seletivo na Comissão Mista de Justiça Plural da ALP.
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