Depois de cair em 2023 em um contexto de contração global, as vendas da área ao exterior crescerão quatro por cento, indicou o estudo realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
Por outro lado, as exportações de serviços crescerão a taxas de dois dígitos pelo quarto ano consecutivo, embora o impulso causado pelo turismo receptivo esteja próximo de se esgotar, já que esse setor atinge níveis pré-pandêmicos.
Apesar da recuperação das exportações regionais de bens e serviços, o relatório adverte que permanece o grande desafio de diversificá-las e torná-las mais intensivas.
A CEPAL destaca que, entre os principais parceiros comerciais da região, o maior crescimento das vendas será para a China, com 5%, os Estados Unidos (4,0) e o resto da Ásia (4,0).
Em contrapartida, as exportações intra-regionais sofreriam uma queda de cinco pontos percentuais.
As importações da China e de outras economias asiáticas serão as mais dinâmicas, enquanto o valor das importações da própria região e dos Estados Unidos cairá.
Em seu segundo capítulo, o relatório analisa o impacto do comércio sobre a segurança alimentar na América Latina e no Caribe e destaca que, no ano passado, 41 milhões de pessoas passaram fome.
Além disso, a região tem o custo mais alto de acesso a uma dieta saudável, calculado em US$4,56 por pessoa por dia, um valor 15% maior do que a média mundial.
Em contrapartida, diz o texto apresentado pelo secretário executivo da CEPAL, José Manuel Salazar-Xirinachs, nossos países são exportadores líquidos de alimentos em nível global.
O terceiro capítulo do documento indica que, dada a estagnação da renda per capita na região na última década e o baixo crescimento de suas exportações de bens, as exportações de serviços poderiam ser um novo motor para as economias.
De fato, diz ele, aqueles que podem ser entregues digitalmente cresceram mais rapidamente do que as exportações de mercadorias entre 2010 e 2023.
Neste último ano, as vendas de serviços da América Latina e do Caribe totalizaram US$221,7 bilhões, superando o nível anterior à pandemia de Covid-19.
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