As principais atenções estão voltadas para São Paulo, onde o atual prefeito Ricardo Nunes (Movimento Democrático Brasileiro), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, enfrenta Guilherme Boulos, candidato do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva .
Esta corrida é uma das mais assistidas devido à sua estreita margem e relevância política. São Paulo, como centro financeiro do país, é um reduto crucial tanto para a esquerda como para a direita.
O compromisso de Lula em promover Boulos faz parte de uma estratégia mais ampla para consolidar a influência da esquerda na cidade mais populosa do Brasil e da América Latina e posicionar o PSOL como um aliado fundamental em projetos de longo prazo.
A disputa entre Nunes e Boulos representa também uma batalha entre duas visões opostas para o futuro da cidade.
Segundo as sondagens, neste segundo turno vai se repetir o resultado do primeiro turno (6 de outubro), com os partidos de centro e de direita a vencerem na maioria das câmaras municipais e o Partido Liberal, organização política liderada por Bolsonaro com mais vitórias que o Partido dos Trabalhadores, liderado por Lula.
Os analistas consideram que o processo eleitoral surge num momento de grandes expectativas e polarização, dado o contexto político e social que tem caracterizado os últimos anos.
Apesar de serem votações locais, os resultados terão implicações na política nacional, pois servirão de termômetro para medir a aprovação de líderes e partidos antes das eleições gerais de 2026.
Os candidatos concorrem num ambiente em que questões como educação, saúde e infraestrutura local estão no centro do debate.
Da mesma forma, a segurança pública e o combate à corrupção continuam a ser preocupações prioritárias dos eleitores, que exigem melhorias na gestão e transparência dos recursos públicos.
Além disso, as eleições autárquicas constituem um cenário em que as alianças e coligações políticas assumem especial relevância, uma vez que os resultados podem consolidar ou enfraquecer o poder dos principais partidos no contexto local.
O que foi dito acima influenciará o apoio a futuras candidaturas presidenciais e à agenda legislativa em Brasília.
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