25 de December de 2024
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Colégios eleitorais abertos no Uruguai, José Mujica votou

Colégios eleitorais abertos no Uruguai, José Mujica votou

Montevidéu, 27 out (Prensa Latina) As seções eleitorais abriram hoje suas portas no Uruguai, num dia em que pouco mais de 2.700.000 cidadãos estão autorizados a votar.

Esses o farão pela presidência da República, pelos assentos no Parlamento e por dois plebiscitos constitucionais.

Um dos primeiros cidadãos a votar foi o ex-presidente José Mujica, que se recupera das consequências causadas pelo tratamento radioterápico contra o câncer de esôfago.

Ele chegou de cadeira de rodas e com listas eleitorais em mãos.

Ele disse à imprensa que as democracias devem passar por mudanças substanciais.

Se não mudar, sublinhou, a democracia institucionalmente ficará doente.

Ele argumentou que é impossível que os parlamentos representem todos os interesses e setores da sociedade. A pandemia de Covid demonstrou isso, disse ele.

Disse que a campanha eleitoral “foi um pouco distraída” e considerou que faltavam questões, nomeadamente como aumentar a produção de carne e cereais, artigos fundamentais para exportação.

A segurança dos cidadãos e uma melhor distribuição da riqueza serão fundamentais para o próximo governo, observou.

As assembleias de voto, em mais de sete mil circuitos, estarão abertas até às 19h30, hora local, embora possam ser prolongadas por mais uma hora se persistirem filas de eleitores num país onde o voto é obrigatório por lei.

A nível departamental, Montevidéu tem, com 1.025.544 eleitores registrados, o maior registro eleitoral e é o principal bastião da oposição Frente Ampla, que busca retornar ao poder.

Será um dia que porá fim à incerteza que pesa sobre a maior parte dos resultados de diversas pesquisas, apesar do notório favoritismo do candidato da oposição Frente Ampla (FA), Yamandú Orsi. Esta noite também será conhecido o resultado dos dois plebiscitos que somam dois votos à votação.

Um deles, promovido pelo governo e pelos partidos que compõem a chamada Coalizão Republicana, defende batidas policiais noturnas em residências, proibidas desde a primeira Constituição uruguaia de 1830.

O outro, apoiado pela central sindical PIT-CNT, pelos partidos Comunista e Socialista e por organizações sociais, defende a mudança da lei previdenciária, especialmente do regime previdenciário.

ode/ool/hb

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