A Comissão de Fiscalização da Assembleia Nacional (Parlamento) anunciou que, diante do mau serviço, iniciará um processo de fiscalização do Ministério de Telecomunicações e Sociedade da Informação, bem como da Agência de Regulação e Controle de Telecomunicações.
O país não pode permanecer no escuro e incomunicável, é urgente saber quais ações estão sendo tomadas para o acesso às comunicações, disse o gabinete legislativo em um comunicado.
A comissão parlamentar exige que as companhias telefônicas instalem geradores em todos os pontos de distribuição do país e lembrou aos cidadãos que eles continuam pagando mensalmente por seus planos e têm o direito de receber serviços de qualidade.
Nas redes sociais, os equatorianos reclamam constantemente das dificuldades para se conectar à Internet via dados e até mesmo para fazer ligações.
Por outro lado, o gabinete legislativo também anunciou que iniciará um processo de fiscalização da Superintendência de Bancos e da Superintendência de Economia Popular e Solidária.
O objetivo é descobrir quais ações essas entidades estão tomando para aliviar a carga econômica dos cidadãos diante da possibilidade de que muitos não consigam pagar seus empréstimos devido à falta de produção causada pela falta de eletricidade.
O Equador vem sofrendo com apagões contínuos há um mês e, desde a última sexta-feira, eles se estenderam para 14 horas por dia, apesar da promessa do governo de reduzir gradualmente os cortes em meio à grave crise energética.
A ministra responsável por energia e minas, Inés Manzano, considerou a medida “dolorosa, mas responsável” e afirmou que o país está enfrentando uma crise dinâmica e sem precedentes que “obriga a se adaptar a cenários em constante mudança”.
O anúncio da extensão dos cortes provocou duras críticas do presidente equatoriano Daniel Noboa, que decidiu suspender o dia útil de 31 de outubro e adicioná-lo ao feriado que se estenderá até 4 de novembro.
Neste domingo, a Assembleia Nacional debaterá o projeto de lei econômica urgente enviado por Noboa, que busca promover a geração privada de eletricidade com a incorporação de um fundo fiduciário.
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