A tão esperada atividade noturna, que começou às 19h locais e terminou às 23h, transformou as avenidas da cidade, como a emblemática Reforma, numa espécie de desfile de medos que, no entanto, quase não assustou quem fotografou com câmeras ou telefones celulares.
Muito longe dos efeitos dos filmes de terror ou das histórias não tão ficcionais, mas igualmente dramáticas, os pesadelos ambulantes da capital do México harmonizaram-se com o clima de alegria evidente no dia e nesta hora, quando se aproxima cada vez mais o Dia dos Mortos.
Os fantasmas, em suma, e outros personagens menos aterrorizantes ou francamente nobres nasceram da inventividade dos próprios habitantes da cidade, que escolheram as roupas, maquiagens e acessórios para interpretar vilões como Hannibal Lecter, ou heróis da indústria como Superman.
No Passeio Noturno Muévete en Bici, iniciativa da prefeitura, também não faltaram vendedores de diademas, caveiras e papel picado, muito menos barracas para comprar cempasúchil, a flor que os mexicanos colocam em suas oferendas e que guia as almas dos defuntos aos altares.
Famílias inteiras, fantasiadas ou não, de bicicleta ou a pé, desfrutaram este sábado de um percurso tradicional, inserido no dia do Dia dos Mortos, a celebrar-se nos dias 1 e 2 de novembro, e que já rendeu à cidade, entre outras iniciativas, desfile e exposição de alebrijes, esculturas icónicas do artesanato local.
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