Noboa participará nesta terça-feira da Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP16) em Cali, e será acompanhado pela ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld; pela ministra responsável pela pasta de Energia e Minas, Inés Manzano; e pelo ministro da Produção, José Julio Neira.
O presidente equatoriano antecipou essa viagem durante uma entrevista na noite de domingo, na qual ele se referiu à situação energética do país, que enfrenta apagões de até 14 horas por dia.
Em relação à Colômbia, o presidente fez alusão às recentes declarações de Petro sobre a necessidade de ajudar o Equador e, para Noboa, “o primeiro deveria ser ele”.
O presidente equatoriano acrescentou que o país vizinho – que também está enfrentando uma seca – não vende energia atualmente e, em sua opinião, isso se deve a uma questão ideológica, embora ele espere que esse não seja o motivo.
A Colômbia parou de vender eletricidade ao Equador desde 16 de agosto também devido aos baixos níveis de reservas de água, enquanto o país está passando pela quinta semana consecutiva de cortes de energia.
Noboa garantiu que “se tudo correr conforme o planejado, não haverá mais apagões em dezembro”.
Entretanto, o presidente da Associação de Engenheiros Elétricos e Eletrônicos de Pichincha, Marco Acuña, disse à Radio Pichincha que é improvável que em dezembro não haja mais apagões, embora ele acredite que haverá uma redução na duração das interrupções.
Os especialistas apontam que a origem da emergência energética está na falta de investimento e de previsão das autoridades, que não adotaram medidas diante dos relatórios que previam a seca.
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