Caraballo anunciou o início formal do processo assim que foi confirmado que Carrizo não havia sido empossado como deputado no Parlamento Centro-Americano (Parlacen), um fórum regional que, segundo alguns analistas, é usado por autoridades para fugir da justiça comum.
Em 10 de outubro, Caraballo solicitou em uma nota oficial ao Parlacen que estabelecesse se Carrizo tem jurisdição penal eleitoral por ter sido empossado como deputado.
Carrizo está enfrentando duas queixas. Uma delas é por supostamente ter cometido crimes contra a administração pública, apresentada pelos advogados Alejandro Pérez e Carlos Navarro.
Ambos os advogados alegam que o ex-governador cometeu uma série de irregularidades na gestão dos recursos do Estado, como o uso da aeronave HP-20, de propriedade da Autoridade de Aeronáutica Civil, para viagens pessoais.
Outras fontes indicam que Carrizo também usou helicópteros do Serviço Nacional de Aviação Naval em meio à campanha eleitoral de 5 de maio.
A segunda queixa é por fatos diferentes, embora o promotor Caraballo não tenha entrado em detalhes sobre o conteúdo.
Em 15 de outubro, Carrizo apresentou uma solicitação formal à diretoria do Parlacen para assumir seu cargo de deputado no órgão regional, como lhe é de direito após concluir seu mandato presidencial.
Um grupo de deputados panamenhos nesse órgão descreveu a solicitação como uma “pretensão inoportuna e infeliz” para o país, embora tenha esclarecido que não desconhece o direito que tem, de acordo com o Tratado Constitutivo do Parlacen.
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