O processo inclui a revisão dos votos observados, que totalizam 34.500. A tarefa inclui a revisão das atas e a análise e resolução de recursos apresentados durante o escrutínio primário.
O ministro da Suprema Corte, José Garchitorena, explicou que esses recursos “são resolvidos pela Junta Eleitoral do departamento ou, eventualmente, pelo Tribunal Eleitoral, se o recurso também for apresentado como subsídio e a Junta não o aceitar”.
Haverá também uma recontagem das folhas de votação, “somente se houver alguma inconsistência nas atas, caso contrário, as atas serão consideradas válidas”, disse ele.
Com relação aos votos observados, “a identidade do eleitor é verificada, se ele está qualificado, se não votou duas vezes”, e a diretoria decide se os aceita ou não.
Ao final da contagem final do departamento, a diretoria aloca os cargos e proclama os candidatos.
Garchitorena explicou que a duração da contagem final depende do número de circuitos em cada departamento.
Em Montevidéu, que tem mais de 2.500 circuitos, provavelmente não será concluído antes da próxima segunda-feira, disse ele.
De acordo com o exame primário apresentado pelo Tribunal Eleitoral, nas eleições do último domingo a Frente Ampla, da oposição, obteve a maior parte dos votos, com 43,94% das cédulas.
Em segundo lugar, o Partido Nacional (PN) recebeu 26,8% dos votos, seguido pelo Partido Colorado, com 16 pontos percentuais.
O Identidad Soberana surpreendeu com 2,7% dos votos, superando o Cabildo Abierto (2,5%) e o Partido Independente (1,7%). Ambos os grupos fazem parte da coalizão de governo.
Esses resultados forçam o segundo turno das eleições em 24 de novembro entre o candidato pró-amplista, Yamandú Orsi, e Álvaro Delgado, do PN, que será apoiado pelos partidos da chamada Coalizão Republicana.
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