Esta possibilidade é confirmada pelas declarações da nova ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves.
No geral, existe a possibilidade de que uma aceleração da inflação, impulsionada por novos planos orçamentais britânicos de grandes despesas, possa impedir o Banco de reduzir as taxas de juro como os investidores esperavam, diferenciando-o ainda mais dos seus pares.
Reeves anunciou no seu primeiro orçamento o maior aumento de impostos em três décadas, dizendo que precisa de gastar muito para consertar os serviços públicos do país, que descreveu como falidos.
A agência independente de previsão orçamental britânica disse que os seus planos irão aumentar o tamanho da sexta maior economia do mundo no curto prazo, mas também irão acelerar a inflação, acrescentando meio ponto percentual à taxa de crescimento dos preços ao consumidor no próximo ano.
Mesmo antes do orçamento, os investidores apontavam o Reino Unido como uma situação atípica em termos de inflação, devido ao elevado crescimento salarial e às fortes pressões sobre os preços dos serviços produzidos internamente.
O Gabinete de Responsabilidade Orçamental (OBR), em cujas previsões se baseia o orçamento do Governo britânico, espera agora que a inflação atinja uma média de 2,6 por cento no próximo ano.
Este número se compara à previsão anterior de 1,5 por cento. Isto levou os investidores a retirarem as suas apostas de que o BoE reduziria rapidamente as taxas durante o próximo ano.
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