Uma análise divulgada esta sexta-feira no site de notícias digitais do canal de televisão Sky TG24 indica que, em grande medida, as vendas de guerra italianas aumentaram para cerca de 13 bilhões de euros, o que se deve em grande parte às operações da empresa Leonardo, líder na produção militar.
É uma empresa de capital aberto que atua nos setores de defesa, aeroespacial e segurança, cujo maior acionista é o Ministério da Economia e Finanças deste país.
Em 2024, a Leonardo foi classificada como a 14ª maior empresa de defesa do mundo e a segunda maior da União Europeia, e as suas receitas de defesa representam 75% do seu volume de negócios, com cinco divisões operacionais, incluindo helicópteros, aeronaves, aeroestruturas, electrónica e cibersegurança.
Produz aeronaves militares, incluindo AMX, MB-326, MB-339, M-345, o novo M-346, o transporte C27, bem como aeronaves pilotadas remotamente de nova geração, e participa do Panavia Tornado, Eurofighter e JSF F35, bem como no Global Combat Air Program (GCAP), do Tempest, juntamente com o Japão e o Reino Unido.
Também fabrica helicópteros, incluindo o não tripulado Awhero, trabalha no projeto, desenvolvimento e produção de artilharia naval e sistemas subaquáticos, além de desenvolver a nova geração de tanques e veículos de combate de infantaria para o exército italiano.
Entre os principais clientes internacionais encontram-se, além dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), outros como o Qatar e o Kuwait, embora “sem esquecer os fornecimentos militares ao Norte de África, com vista à manutenção da segurança na zona mediterrânica “, afirma a nota.
O relatório, que se baseia em dados recentemente divulgados pelo Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Spiri), afirma que, até 2025, o gasto total europeu no sector da defesa atingirá 400 bilhões de euros.
O conflito na Ucrânia, a guerra no Oriente Médio e o espectro de novos potenciais confrontos bélicos levam os países desta região ao rearmamento, tanto através do aumento da produção interna como das importações do exterior, consideram os especialistas.
Em 2023, o orçamento militar italiano atingiu 28 bilhões de euros, acrescenta a fonte, mas sublinha que este país continua a ser um dos poucos membros da OTAN cuja despesa com a defesa é inferior a 2,0% do seu Produto Interno Bruto (PIB), como exige a Aliança Atlântica.
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