Este evento é patrocinado pela Embaixada do México na Bolívia, pelo Grupo de Mineração Sinchi Wayra e pela Fundação Cultural do Banco Central da Bolívia (FC-BCB), que instalará altares alusivos a ambas tradições, onde mais de 50 artistas e gestores culturais bolivianos irão ser lembrados, bem como heroínas da independência latino-americana.
“A mesa que será preparada pelo FC-BCB e pelo Centro da Revolução Cultural na Casa Museu (…) será instalada na Sala dos Artistas Emergentes e lembrará mais de 50 artistas, gestores culturais e personalidades que marcaram a história do país”, afirmou um release institucional.
Segundo informações divulgadas, a mesa de Todos os Santos será dedicada a Marina Núñez del Prado, Nilo Soruco, Rosa Ríos, Agar Delos, Franz Chuquimia, Remedios Loza, Blanca Wiethüchter, Josefina Reynolds Ipiña, Domitila Barrios de Chungara e Jaime Junaro.
Também prestará homenagem a Hugo Daniel Ruiz, Edgar “Huracán” Ramírez, Amaru Villanueva, Claudio Sánchez Castro, Víctor Hugo Viscarra, Gastón Ugalde, Fernando Montes, Alfredo Domínguez, José “Jach’a” Flores, Felipe Quispe (“el Mallku”) e Carlos Palenque. Na Bolívia, Todos os Santos é um feriado em que se celebra a memória dos mortos.
Ao meio-dia do dia 1º de novembro, as famílias dos falecidos preparam uma mesa com suas fotografias, pratos, frutas, pães, doces, flores, cana-de-açúcar, bebidas e vinhos, entre outros elementos para receber as almas dos entes queridos falecidos. Dessa forma, são dadas as boas-vindas.
Nessa mesa, serão colocados os tantawawas (pães com formas humanas de diferentes tamanhos), que simbolizam as pessoas falecidas.
Da mesma forma, serão expostas escadas, cavalos, cruzes de pão e comidas que eram as preferidas dos falecidos e que eles “se servem” durante a visita.
Por sua vez, a delegação diplomática do México instalará um altar tradicional do país irmão no Pátio Cultural Sopocachi, que recordará duas mulheres históricas das lutas pela independência da América Latina.
Uma será Josefa Ortiz de Domínguez, prefeita de Querétaro, que lançou as bases para a luta pela independência; e Juana Azurduy, patriota boliviana de Charcas, que lutou nas tropas argentinas e bolivianas pela independência da América do Sul.
O Dia dos Mortos é um feriado mexicano que remonta aos tempos pré-hispânicos e que em 2008 foi declarado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
A proposta da embaixada mexicana ficará exposta até 8 de novembro deste ano.
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