Uma declaração publicada no site do jornal Venezia Today aponta que esses números superam o recorde estabelecido em 2022, quando foi atingido um total de 84 mortes por essa causa nas prisões do país.
Gennarino De Fazio, secretário geral da seção da União Italiana de Trabalhadores da Administração Pública (Uilpa) na Polícia Penitenciária, disse ao jornal que se trata de uma “verdadeira espiral de morte”.
O número atual de suicídios foi alcançado com o de um prisioneiro de 41 anos de origem marroquina, preso por roubo e resistência a um funcionário público, que recentemente se enforcou em uma cela na prisão veneziana de Santa Maria Maggiore, disse ele.
O líder sindical desse setor destacou que atualmente há 62.110 presos em nível nacional, em comparação com menos de 47.000 vagas disponíveis, de modo que a capacidade das prisões é excedida em mais de 15.000 presos, enquanto há falta de pessoal policial necessário para lidar com essa situação complexa.
Além da carga de trabalho exaustiva, houve cerca de 3.000 ataques a esses policiais até agora neste ano, o que é uma “representação clara de como as prisões estão em uma condição desastrosa e indigna para um país que quer se dizer civilizado”, disse De Fazio.
Por essa razão, ele enfatizou, “é urgente tomar medidas para reduzir a densidade carcerária, reforçar de forma tangível a equipe da polícia penitenciária, garantir assistência médica e psiquiátrica e iniciar reformas estruturais”.
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