Antes de sua chegada, Roma e Beijing expressaram seu interesse em aproveitar essa visita de Estado para reforçar a cooperação em várias áreas práticas e fortalecer os intercâmbios culturais, com o objetivo de consolidar os laços entre os dois países e seus povos.
A chegada de Mattarella ocorre em meio às comemorações que marcam os 20 anos do estabelecimento da parceria estratégica abrangente entre as duas nações e coincide com o 700º aniversário da morte de Marco Polo, o famoso viajante italiano.
De acordo com os observadores, a Itália está tentando encontrar canais apropriados de diálogo com um país que é considerado uma das maiores potências do mundo, membro do importante grupo Brics, um ator internacional com considerável influência política, econômica e comercial no momento, que tende a se expandir no futuro.
A agenda do chefe de Estado se estenderá até 12 de novembro e inclui reuniões com seu colega, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro do país asiático, Li Qiang.
Mattarella também se reunirá com o presidente do Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo, Zhao Leji, e fará uma palestra na Universidade Beida, em Beijing.
No centro de suas conversas com o líder chinês e outros altos funcionários chineses estarão as relações econômicas e comerciais.
A China e a Itália emitiram recentemente um plano de ação para fortalecer a parceria estratégica abrangente (2024-2027), após uma reunião aqui entre o presidente Xi e o primeiro-ministro Meloni.
Roma saiu no final do ano passado da Iniciativa Cinturão e Rota, proposta pela China há 11 anos.
A Itália foi o único país do G7 a aderir ao megaprojeto de infraestrutura, que visa conectar a Ásia, a Europa e, principalmente, a África.
Por outro lado, a Itália foi um dos 10 países da UE que apoiaram a imposição de tarifas sobre as importações de veículos elétricos do gigante asiático, uma decisão que Beijing rejeitou como injusta, protecionista e irracional.
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