Uma nota publicada sexta-feira na página do jornal Il Sole 24 Ore, informa que, ao comunicar esta decisão, Pietrangelo Buttafuoco, presidente da Bienal, destacou que foi levada em consideração a “carreira luminosa” de Dafoe no teatro, experimental e radical.
A carreira do ator de 69 anos está em linha com o trabalho de diretores recentes como Antonio Latella, que assumiu o papel de 2017 a 2020, bem como Stefano Ricci e Gianni Forte, que lideraram o projeto de 2021 a 2024, disse Buttafuoco.
Dafoe começou a representar na Universidade de Wisconsin e em 1975, com 19 anos, entrou para a companhia de teatro de vanguarda Theatre, em 1976 entrou para o grupo de teatro Mickery em Amesterdã e um ano depois fundou a companhia de teatro The Wooster Group em Nova Iorque, disse a fonte.
Iniciou sua carreira no cinema em 1982, no filme ‘The Loveless’, seguido de ‘Streets of Fire’ em 1984, mas em 1986 desempenhou um dos seus papéis mais memoráveis, como Sargento Elias Grodin em ‘Platoon’ de Oliver Stone, que lhe valeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Ator Coadjuvante.
Seus longa-metragens incluem ‘Shadow of the Vampire’ de 2000, bem como o drama independente ‘The Florida Project’ de 2017, e o filme biográfico ‘At Eternity’s Gate’ de 2018, no qual interpretou o pintor holandês Vincent van Gogh.
Também se destacou com os seus papéis em ‘A Última Tentação de Cristo’, de 1988, bem como em ‘Mississippi Burning’ (1988), ‘Perigo Real e Imediato’ (1994), ‘O Paciente Inglês’ (1996), ‘O Grande Hotel Budapeste’ (2014) e ‘Pobres Criaturas’ (2023).
A propósito da sua nomeação como diretor da Bienal de Teatro de Veneza, disse à imprensa que “primeiro fiquei surpreendido e depois feliz por receber o convite”, e afirmou que “tenho consciência de que sou conhecido como ator de cinema, mas nasci no teatro, o teatro me formou e me sacudiu”.
“Sou um animal do palco, sou um ator, e o teatro me educou sobre a arte e a vida”, disse Dafoe, garantindo que a sua direção artística “será marcada pela minha formação pessoal”.
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