“Dentro da análise exaustiva que fizemos para preparar a defesa técnica do vice-presidente, encontramos elementos que constituem efetivamente esta grave infração”, disse o advogado Dominique Dávila, da equipe jurídica de Abad.
Suas declarações aconteceram durante a audiência de provas e argumentos nesta sexta-feira no Tribunal de Contencioso Eleitoral (TCE) sobre a ação movida pelo vice-presidente contra Noboa e outras autoridades.
Segundo Dávila, a infração é “tão grave que prejudica diversos aspectos da personalidade do exercício e da função da vice-presidente, não só como política, mas como mulher, a tal ponto que pode causar-lhe tanto desconforto que ela busca sua renúncia ou destituição”.
A ação de Abad inclui não só o chefe do Executivo, mas também a chanceler, Gabriela Sommerfeld; ao ex-vice-ministro de Governo, Esteban Torres; e a conselheira presidencial Diana Jácome.
Jácome e Sommerfeld apresentaram reconvenções perante o TCE.
Damián Armijos, outro membro da equipa jurídica de Abad, detalhou na audiência as causas que apoiariam a alegada violência política de género, entre elas o exílio forçado em Israel, uma vez que o vice-presidente foi enviado a Tel Aviv como embaixador ou correu o risco de ser prejudicado. perdendo o cargo.
Com esse e outros argumentos, o vice-governador pede ao TCE a destituição de Noboa, Torres, Sommerfeld e Jácome dos cargos, bem como a suspensão dos direitos de participação por quatro anos.
Por sua vez, Mercedes Mediavilla, defesa do presidente, rejeitou as acusações e qualificou-as de impertinentes, inúteis e irrelevantes.
Ao mesmo tempo, Abad aguarda em 10 dias a decisão de um processo administrativo sumário perante o Ministério do Trabalho por supostamente ter deixado Israel tardiamente após a ordem do Ministério das Relações Exteriores para que ele se mudasse para Türkiye devido aos conflitos na região.
Na véspera, ocorreu uma audiência para esta acusação, que o advogado Dávila descreveu como uma “aberração” pela exclusão dos ouvintes da sala e pela falta de registo audiovisual do sucedido.
As divergências entre os dois principais chefes do Executivo equatoriano ficaram evidentes desde a eleição da dupla e então, em 8 de dezembro de 2023 e poucos dias após a posse, Noboa enviou Abad a Tel Aviv como embaixador e colaborador para a paz.
Entretanto, a vice-presidente insiste que o Governo Noboa procure silenciá-la para que ela não interfira na sua campanha política antes das eleições gerais de 2025, eleições onde o atual governante procura a reeleição e por lei ela deve substituí-lo para que ele pode fazer campanha.
ool/avr/ls