O embaixador de Cuba no Vaticano, René Mujica, ao apresentar a exposição na Sala Vasari do palácio histórico, agradeceu ao Dicastério para a Cultura e a Educação, em particular ao seu prefeito, cardeal José Tolentino de Mendonça, por co-patrocinar a mesma.
Na inauguração, realizada na véspera, Mujica destacou a relevância desta iniciativa, que apresenta na Santa Sé e na Itália as obras de uma importante pintora, desenhista, ilustradora, gravadora e poeta, premiada em janeiro deste ano com o Prêmio Nacional Prêmio de Artes Plásticas de Cuba 2023.
A exposição das obras de Zaida del Río, pela Galeria Bettini & Co, apresenta-se como uma extensão do Dia da Cultura Cubana, que se realiza anualmente na Ilha de 10 a 20 de outubro, destacou o embaixador.
O curador Luciano Caprile expressou em crítica que esta pintora renova com sua arte “uma relação empática entre o indivíduo e a natureza, em harmonia com tudo o que nos pertence e nos conquista com a mente e o coração” e com suas obras ela transfere para a tela “a aparência imediata de uma ideia ou da emoção do momento”.
Por sua vez, o curador Eriberto Bettini expressou que Zaida del Río é “uma artista completa, que transmite muito, uma digna representante da arte cubana no mundo”.
O evento contou também com a presença da embaixadora de Cuba em Itália, Mirta Granda, bem como do Padre Nuno da Silva, diretor da La Civiltá Cattólica e de Naker Addad, Imã da Grande Mesquita de Roma, entre outras personalidades.
Também estiveram presentes outros embaixadores e membros do Corpo Diplomático perante o Vaticano, perante a Itália e perante organizações internacionais em Roma, bem como monsenhores e representantes da Secretaria de Estado da Santa Sé e de outros dicastérios.
Participaram representantes da comunidade de cubanos residentes na Itália, entre eles a Dra. Florana Menéndez, que ressaltou a destacada participação das mulheres na cultura de sua nação, que se reflete na trajetória de Zaida del Río, símbolo fundamental da arte atual da Ilha, multipremiada no seu país e internacionalmente.
A noite contou ainda com a apresentação da soprano Mónica Marziota, renomada intérprete, compositora e musicóloga cubano-italiana, formada pelos conservatórios Amadeo Roldán de Havana e pelos conservatórios Giuseppe Verdi de Ravenna, com uma longa, relevante e bem sucedida carreira.
Esta exposição, observou Mujica, faz parte de uma ponte de diálogo cultural rumo ao ano jubilar de 2025, durante o qual se comemorará o 90º aniversário das relações diplomáticas entre Cuba e a Santa Sé, e o décimo aniversário das visitas do presidente cubano Raúl Castro ao Vaticano e do Papa Francisco à nação antilhana.
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