Pedimos à Assembleia que nos dê garantias para que o país saiba a verdade do que aconteceu na audiência administrativa sumária’, disse o advogado de Abad, Dominique Dávila, que alega que a resolução ‘carece de verdade processual’.
Damián Armijos, que faz parte da equipe jurídica, pediu que o legislativo desse prioridade ao assunto porque o estado constitucional está sendo prejudicado e anunciou que havia apresentado uma medida cautelar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos sobre a medida.
O Ministério do Trabalho suspendeu por 150 dias, sem remuneração, por “abandono injustificado do trabalho por três ou mais dias úteis” o vice-presidente, que foi nomeado embaixador em Israel e depois pediu para ser transferido para a Turquia.
Políticos da esquerda e da direita, bem como juristas e analistas, descreveram a medida imposta contra Abad como ilegal e inconstitucional, pois consideram que somente a Assembleia pode tomar uma decisão sobre um cargo eleito pelo povo.
Ontem à noite, o vice-chefe do Executivo denunciou que o presidente está preparando um golpe de Estado para garantir sua reeleição em 2025.
Pretendem me desqualificar por cinco meses por um delito não cometido e sem nenhuma prova, com o único objetivo de me impedir de assumir a presidência da República quando o presidente-candidato entrar em sua campanha eleitoral”, disse o funcionário.
Nesta segunda-feira, após a sanção administrativa contra o vice-presidente eleito nas urnas, Noboa confiou a vice-presidência da República a Sariha Moya, que atuou como Secretária Nacional de Planejamento.
De acordo com o advogado Armijos, o inquérito administrativo ainda não foi concluído e a nomeação de um novo vice-presidente seria outro abuso constitucional.
O chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, Jaime Vela, informou hoje que a segurança de Abad será retirada.
A decisão contra o vice-presidente ocorre em meio ao processo eleitoral no qual Noboa é um dos candidatos à presidência e, de acordo com a lei, para fazer campanha, ele deve delegar temporariamente o cargo a seu vice-presidente, com quem tem uma disputa política.
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