O líder congolês, na 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que está sendo realizada em Baku, Azerbaijão, juntamente com outros países africanos, propôs ao conclave uma iniciativa para que o capital natural dos Estados seja incluído no cálculo de seu produto interno bruto.
Em suas observações no segmento de alto nível, Sassou-N’Guesso destacou as ações implementadas por seu país como parte dos esforços globais para combater as mudanças climáticas e o desaparecimento da biodiversidade.
Ele disse que o Congo fez das ações de preservação ambiental um elemento central de sua política nacional e também o foco de seu compromisso no cenário internacional, como demonstrado pela realização da primeira Conferência Internacional sobre Florestamento e Reflorestamento em julho deste ano.
Esse evento concentrou-se na defesa e na preservação das florestas, considerando seu papel vital na regulação do clima, e buscou estender a iniciativa de florestamento e reflorestamento a outras regiões.
A nação africana também apresentou à Assembleia Geral da ONU a proposta de uma resolução sobre a Década Mundial do Reflorestamento, acrescentou o presidente.
Sassou-N’Guesso alertou sobre a necessidade de novos acordos para o financiamento climático não ficarem no papel, como os feitos em 2015 no Acordo de Paris, quando o valor a ser mobilizado foi fixado em 100 bilhões de dólares por ano, mas que na prática não se concretizou totalmente.
Ele acrescentou que esse aspecto não correspondeu ao compromisso assumido pelos países, nem honrou a perspectiva de justiça climática e transição energética justa, aspectos que o novo acordo deve levar em conta.
O presidente congolês fez referência especial aos países em desenvolvimento, que precisam de ajuda que lhes permita implementar as ações necessárias para a adaptação às mudanças climáticas sem aumentar o pesado fardo da dívida, enquanto enfrentam eventos climáticos severos.
O líder congolês considerou como um passo positivo a implementação do artigo 6 do Acordo de Paris, que permitirá que os países compensem suas emissões de dióxido de carbono investindo em projetos ambientais, o que, em sua opinião, abre uma porta para a cooperação.
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