A iniciativa constitui um movimento de defesa dos direitos coletivos das comunidades criadoras desta manifestação artística e surge para confrontar o uso indevido de iconografia e técnicas de diferentes tradições têxteis.
Esta ideia nasceu “para poder mostrar e evitar que marcas comerciais plagiem os desenhos das mulheres indígenas, da história do México, da sua memória viva”, disse ontem a presidente Claudia Sheinbaum diante de 500 artesãos reunidos no Palácio Nacional.
Ao destacar que o reconhecimento dos plenos direitos dos representantes destas culturas já faz parte da constituição, garantiu que as autoridades estão a trabalhar para poder construir os planos de justiça que ainda faltam.
“As mulheres criativas, as mulheres indígenas, devem ser incluídas nestes planos de justiça”, enfatizou.
Sheinbaum apelou a promover a comercialização destes produtos, porque com isso “não só damos vida em todo o país à riqueza cultural do México que se expressa em cada um dos tecidos, nos fios, na beleza que fazemos com o seu”. mãos.
Ao mesmo tempo, sublinhou, “recuperamos a memória histórica. Não só é justiça social, mas também recupera a justiça para os povos originários e engrandece a nossa pátria”.
Segundo dados oficiais, mais de mil artesãos estarão presentes no Complexo Cultural Los Pinos com produtos ligados a áreas como têxteis, joalharia, calçado, tinturas naturais e artes utilitárias e decorativas.
Tal como nas três edições anteriores, este ano os designs serão expostos em sete passarelas e estarão, juntamente com outras criações, à venda e exposição ao público em quase oito mil metros quadrados.
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