A primeira estadia de um presidente estadunidense na área ocorreu entre 1913 e 1914, quando Theodore Roosevelt, após o término de seu mandato, juntou-se ao marechal Cândido Mariano da Silva Rondon em uma expedição científica ao longo do então Rio da Duda, que mais tarde foi renomeado Rio Roosevelt em homenagem à viagem.
Outro ex-presidente desse país do norte, Bill Clinton, visitou Manaus, capital do estado do Amazonas, em 2011, para o Fórum Mundial de Sustentabilidade, que se concentrou em questões ambientais.
Em 2018, o então vice-presidente Mike Pence esteve em Manaus para uma visita a um abrigo de imigrantes na zona sul da cidade.
Na próxima semana, Biden, que termina seu mandato em janeiro, quando o republicano Donald Trump voltará ao poder após vencer a eleição de 2024, visitará o território.
Essa viagem ocorre em meio a uma emergência climática sem precedentes, exacerbada por fatores como mudança climática e desmatamento.
Durante sua breve passagem pela Amazônia Ocidental, Biden sobrevoará Manaus, visitará o Museu da Amazônia (Musa) e se reunirá com pesquisadores e líderes indígenas, antes de seguir para o Rio de Janeiro para participar da Cúpula de Líderes do Grupo dos Vinte (G20), marcada para os dias 18 e 19.
O fórum das 19 maiores economias do mundo e das Uniões Europeia e Africana será dedicado ao combate à fome e às desigualdades sociais e marcará o lançamento da Parceria Global, proposta pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A Amazônia está passando por uma crise hídrica aguda. O rio Negro, que margeia Manaus, está em níveis críticos após a mais severa seca já registrada.
Dados da Defesa Civil estadual indicam que todos os 62 municípios estão em alerta devido ao nível dos afluentes.
A calamidade isolou comunidades e dificultou a navegação fluvial, impactando cerca de 850 mil pessoas.
Esse cenário é agravado por dois anos consecutivos de extrema aridez, impulsionados pelo prolongamento do fenômeno El Niño e pelo aquecimento do Atlântico Tropical Norte.
oda/ocs/glmv