Além da inclusão social e do combate a esses problemas, o Brasil, que preside o G20 este ano, definiu outros dois temas centrais para discussão: transição energética e desenvolvimento sustentável, e reforma da governança global.
Mais de 55 representantes oficiais estão participando do fórum, incluindo membros permanentes do grupo das 19 principais economias do mundo e das Uniões Europeia e Africana, além de 34 líderes convidados pela presidência brasileira.
Das nações que compõem o bloco, apenas o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não participará do encontro e será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, que já esteve no Rio em fevereiro, na reunião de ministros.
A primeira sessão da manhã de segunda-feira será dedicada ao combate à fome e às desigualdades sociais, e marcará o lançamento da Aliança Global, proposta por Lula. Recentemente, o embaixador Mauricio Lyrio, representante do gigante sul-americano no G20, afirmou que os principais países já haviam apresentado a documentação necessária para aderir à Aliança Global, “mas o anúncio só será feito durante o evento”.
A Parceria Global terá quatro documentos básicos: sua fundação e estrutura, critérios de adesão, a criação de uma secretaria para gerenciá-la e um programa de inclusão social.
“Este último é o compromisso do país em questão de aderir a pelo menos um dos programas listados, que já comprovaram sua eficácia”, disse Lyrio.
O pacto incluirá programas de transferência de renda, cantinas escolares, apoio à agricultura familiar e a implementação de um registro único de beneficiários.
“Felizmente, no Brasil já temos estruturas desse tipo, mas há outros países que ainda não avançaram nessa direção”, disse ele.
Uma segunda sessão, programada para esta tarde, se concentrará na reforma da governança global, com foco na ampliação da inclusão no Conselho de Segurança da ONU.
Ela também abordará a revisão das instituições financeiras internacionais, como o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Organização Mundial do Comércio.
A terceira sessão, marcada para amanhã, abrirá o debate sobre desenvolvimento sustentável e transição energética, e a cúpula será concluída com a entrega da presidência do G20 à África do Sul.
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