Uma das ferramentas mais eficientes é o chamado “botão vermelho”, procedimento que visa identificar os territórios com maior potencial de sofrer incêndios devastadores, devido a uma série de características.

Estas incluem alterações nas condições climáticas, nomeadamente temperaturas elevadas e fortes rajadas de vento, combinadas com a presença de vegetação densa e seca, que se torna um combustível muito perigoso.

Soma-se a isso a existência de centros populacionais nas proximidades de ecossistemas vegetais.

No Chile, a principal causa dos incêndios é a atividade humana, seja por atos recreativos, trabalhos agrícolas, uso de ferramentas sem os devidos cuidados, tráfego ferroviário, ou mesmo intencionalidade, entre outros.

As consequências são muitas vezes graves, como a perda de vidas humanas, de casas, de infra-estruturas e de fontes de emprego, bem como danos ao ambiente, poluição, desequilíbrio nas cadeias alimentares e destruição da vegetação.

Ao apresentar o plano geral de prevenção, o ministro da Agricultura, Esteban Valenzuela, disse que se aproximam dias complexos para o país e neste momento há 90 comunas identificadas como em risco.

A maior vulnerabilidade, acrescentou, está nas regiões metropolitanas de Santiago, O’Higgins e Maule, embora o perigo se estenda desde Coquimbo, no chamado pequeno norte, até Aysén, no sul.

Por sua vez, a diretora executiva da Corporação Nacional Florestal (Conaf), Aida Baldini, garantiu que dos últimos 600 incêndios ocorridos no Chile, todos foram causados ​​por pessoas.

A Conaf lembrou que existem medidas preventivas nos trabalhos agrícolas e de 1º de dezembro de 2024 a 14 de março do ano que vem há severas restrições ao uso do fogo.

O subsecretário do Interior, Luis Cordero, destacou a existência de uma Lei de Incêndios pela qual quem provoca intencionalmente um acidente é punido com pena de prisão até 20 anos. Em fevereiro passado, foram registrados os incêndios mais mortíferos em várias décadas em Valparaíso, deixando 135 mortos, milhares de casas destruídas em Viña del Mar, Quilpué e Villa Alemana e extensas áreas florestais destruídas.

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