Segundo a agenda da reunião, o fórum das 19 principais economias do mundo e das Uniões Europeia e Africana terminará hoje com a cerimônia de entrega da presidência do G20 pelo Brasil à África do Sul.
Inesperadamente, a cúpula divulgou ontem a Declaração Final da reunião, em que condena o terrorismo em todas suas formas e manifestações.
Os chefes de Estado expressaram no documento um sentimento de angústia em relação às guerras que estão a ser travadas em todo o mundo.
De acordo com a Carta das Nações Unidas, todos os Estados devem abster-se da ameaça ou do uso da força com o objetivo de conquista territorial contra a integridade territorial e a soberania ou independência política de qualquer Estado, diz o texto.
A declaração menciona os conflitos na Faixa de Gaza, no Líbano e na Ucrânia, enfatizando o “sofrimento humano e os impactos negativos” das guerras.
Sobre o conflito no Oriente Médio, os líderes do G20 destacaram a “necessidade urgente de ampliar o fluxo de ajuda humanitária e reforçar a proteção dos civis, e apelam à remoção de todas as barreiras à prestação de ajuda humanitária em grande escala”.
A declaração exige o direito dos palestinos à autodeterminação e reitera o compromisso inabalável com a visão de uma solução de dois Estados, em que “Israel e um Estado palestino vivam lado a lado em paz, dentro de fronteiras seguras e reconhecidas, em conformidade com o direito internacional e as resoluções pertinentes da ONU”.
Além disso, os países do G20 expressaram seu apoio à tributação progressiva para que os ricos paguem impostos de forma mais eficaz e se comprometeram a dar continuidade às discussões sobre a proposta brasileira para a eventual criação de um imposto global sobre os super-ricos.
Para os líderes do grupo, a tributação progressiva é uma das ferramentas fundamentais para reduzir as desigualdades, reforçar a sustentabilidade fiscal, fomentar a consolidação fiscal, promover um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo e facilitar a concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
Na primeira sessão da reunião de segunda-feira, o anfitrião, o Presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, abriu a cúpula com a apresentação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
Na segunda sessão, Lula também defendeu a reforma das Nações Unidas para fortalecer o multilateralismo.
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