Durante um evento realizado ontem à noite no âmbito da XVII Cúpula Empresarial China-América Latina e Caribe (China LAC) que aqui se realiza até esta terça-feira, o presidente disse que a Nicarágua está pronta para esse projeto e estendeu o convite a outras nações que desejam aderir à iniciativa.
“Aqui está a Nicarágua pronta para contribuir com esse passo que dá maior fluidez ao transporte marítimo e ao comércio e convidamos a todos, vamos enviar mais informações”, disse o presidente.
Segundo o líder sandinista, a ideia do canal sempre foi a razão pela qual os governos dos Estados Unidos mantêm a sua crueldade para com esta nação centro-americana.
Referiu-se à situação atual que atravessa o Canal do Panamá, uma das principais rotas marítimas utilizadas pelas companhias marítimas do mundo, pelo que expressou a importância de executar esta rota alternativa através da Nicarágua.
Segundo o presidente, o projeto tem como ponto de partida o porto de Bluefields, na região autônoma da costa sul do Caribe, atravessa vários segmentos pelo interior do país, até terminar no porto de Corinto, no Pacífico.
Durante seu discurso, Ortega comemorou o desenvolvimento da Cúpula (China-ALC) aqui como um espaço que contribui para a luta contra a pobreza.
Falando perante os 250 representantes de instituições e empresas chinesas e mais de 70 delegados da América Latina e do Caribe presentes no evento, Ortega destacou que eles têm em mãos os instrumentos para atrair cada vez mais empresários a este fórum.
“À medida que este fórum se fortalece, a economia dos seus países também se fortalece, (…) e haverá melhores condições para acabar com a pobreza, a fome, acabar com o analfabetismo e com a miséria que vemos em todos os nossos países”, sublinhou.
Durante o primeiro dia do evento, os presentes abordaram diversos temas, incluindo tendências do comércio internacional, desafios e oportunidades para o relacionamento estratégico China-ALC. Da mesma forma, discutiram a construção de uma base sólida para a colaboração médica entre a nação asiática e os países latino-americanos e caribenhos, bem como o investimento estrangeiro direto e o crescimento do comércio, entre outros temas.
Desde 2012, a China tem sido o segundo maior parceiro comercial dos países da América Latina e do Caribe, ao mesmo tempo que esta região se tornou um destino importante para as empresas chinesas investirem no estrangeiro.
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