O vice-primeiro-ministro e chefe do Interior, Jacquemain Shabani, garantiu que a instalação de uma administração paralela e o transplante de estrangeiros em certas áreas da província do Kivu do Norte sob o controlo do grupo armado com o apoio do Ruanda constituem clara sinais dessa intenção.
Em declarações à imprensa na véspera em Lubumbashi, Shabani afirmou que a deslocação massiva da população, expulsa pela violência, é uma das maiores catástrofes a nível mundial, já que cerca de sete milhões de pessoas estão em situação de refúgio na região, noticiou a Rádio Ocapi.
No entanto, notou o ministro, estas casas abandonadas estão a ser ocupadas por estrangeiros, enquanto as autoridades tradicionais de vários locais sob controlo da M23 estão a ser substituídas.
“Estamos em processo de certificação desta informação com a chegada massiva destas populações estrangeiras que se estão a instalar nas regiões dos territórios Rutshuru e Masisi. E é isso que estabelece a limpeza étnica”, disse.
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