A reunião presidencial, após o encerramento da Cúpula dos Líderes do G20, que se reuniu durante dois dias na cidade do Rio de Janeiro (18 e 19 de novembro), é marcada pela assinatura de diversos acordos bilaterais que envolvem setores cruciais do governo brasileiro.
O G20 reúne as 19 maiores economias do mundo e as uniões europeias e africanas.
A reunião extraordinária é uma extensão da visita de Lula à China em abril de 2023 e dentro das comemorações dos 50 anos de relações diplomáticas entre as duas nações.
Será “a ocasião para os dois líderes confirmarem o aumento da associação política bilateral, explorarem sinergias entre as respetivas políticas de desenvolvimento e programas de investimento”, afirmou recentemente o secretário da Ásia e do Pacífico do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Eduardo Paes.
Além disso, acrescentou, fortalecer a coordenação em questões regionais e multilaterais.
A parceria estratégica, iniciada em 1993 e globalizada em 2012, representa a base sólida do diálogo entre Brasil e China em múltiplos fóruns internacionais.
Paes destacou a relevância comercial da China, maior parceiro comercial do gigante sul-americano e uma das principais fontes de investimentos do país.
Em 2023, as exportações nacionais para o mercado chinês atingiram a marca histórica de 104,3 bilhões de dólares, superando as destinadas aos Estados Unidos e à UE juntas.
“A visita servirá para reiterar o esforço do Brasil em ampliar os números do comércio bilateral e diversificar o padrão comercial com produtos brasileiros de maior valor agregado”, disse o secretário.
Existem protocolos que permitem a exportação de mais produtos agrícolas em negociação e iniciativas que procuram atrair novos investimentos chineses em infraestruturas e capacidade de produção industrial.
O responsável citou entre as áreas de cooperação destacadas as indústrias automóvel, electrónica e de máquinas e equipamentos como protagonistas dos 93 projetos industriais chineses em curso no Brasil.
Além disso, a agenda da visita abrange iniciativas de ciência, tecnologia e inovação, com foco em fontes de energia limpa, nanotecnologia, tecnologia de informação e comunicação, energia fotovoltaica, tecnologia nuclear, inteligência artificial e mecanização da agricultura familiar.
“A visita apresentará iniciativas governamentais para aumentar os contratos nessas áreas”, observou Paes.
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