Abad foi sancionada pelo Ministério do Trabalho com uma “suspensão temporária sem remuneração por 150 dias”, por “abandono injustificado do trabalho”, já que ela não realizou sua transferência de Israel para Ancara dentro do prazo estipulado.
Há quase um ano, Abad deixou o Equador rumo a Tel Aviv por ordem do presidente Daniel Noboa, que a nomeou embaixadora e colaboradora da paz.
A penalização do segundo chefe de governo levou à nomeação de Sariha Moya como vice-chefe de governo.
Enquanto isso, políticos e juristas de diferentes tendências ideológicas criticaram a decisão do executivo de suspender Abad como inconstitucional.
Abad, que compareceu virtualmente ao plenário do parlamento na semana passada, declarou que o governo estava buscando uma maneira de desqualificá-la para assumir a presidência quando o atual presidente tirar uma licença para fazer campanha para as eleições de 2025.
Os prazos de sanção coincidem com o início e o encerramento da campanha. Na terça-feira, a ministra do Trabalho do Equador, Ivonne Núñez, evitou a convocação da Assembleia Nacional (Parlamento) para explicar a sanção contra a vice-presidenta Abad.
De acordo com a funcionária, ela prefere aguardar o pronunciamento do Tribunal Constitucional sobre a ação de interpretação solicitada pelos próprios membros da assembleia.
O legislativo não reconhece a sanção e considera que esse ramo do governo é o único com poderes para tomar medidas contra um vice-presidente.
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