O caso investiga o sequestro e maus-tratos dos militantes do Partido por la Victoria del Pueblo (PVP) Liliam Celiberti, Universindo Rodríguez e dois filhos de Celiberti, ocorridos em novembro de 1978 em Porto Alegre, em uma ação conjunta das forças de segurança do Uruguai e do Brasil, durante a ditadura.
Após o sequestro, eles foram transferidos ilegalmente para o Uruguai, onde foram torturados e presos até serem libertados em novembro de 1983.
O ex-militar havia sido condenado em 2023 pelo desaparecimento forçado de Oscar Tassino, ocorrido em julho de 1977.
O judiciário uruguaio ordenou nesta semana o julgamento com prisão do coronel aposentado Luis Agosto, outro ex-militar acusado de violações de direitos humanos durante a ditadura que governou o país entre 1973 e 1985.
Agosto é acusado de crimes contra a humanidade contra militantes do Movimiento de Liberación Nacional-Tupamaros que foram detidos e torturados no quartel La Paloma do exército.
Isso ocorreu no âmbito da Operação Morgan, que tinha como objetivo destruir a estrutura do Partido Comunista do Uruguai e da Liga dos Jovens Comunistas.
As vítimas foram detidas ilegalmente, encapuzadas, incomunicáveis, submetidas a tratamento cruel e desumano – espancamentos, falta de comida, água, sono, acesso limitado ao banheiro e “afogamento”, afirma a decisão da juíza Isaura Tortora.
Também nos últimos dias, veio à tona a decisão judicial de acusar e prender os oficiais militares aposentados Enrique Buzó e Néstor Silvera, também por crimes contra os direitos humanos durante a ditadura.
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