De acordo com o diplomata, Moscou acredita que a base para o desenvolvimento futuro do país são “fortes relações aliadas com a Rússia, que continua sendo a garantidora da soberania e da independência da Abkházia”.
A Rússia levou em consideração os acordos entre as autoridades da Abkhaz e a oposição, o que possibilitou evitar uma nova escalada de tensões, e é muito importante criar as condições necessárias para eleições presidenciais antecipadas, disse Zakharova.
Em 19 de novembro, o parlamento da Abkhazia aceitou a renúncia do presidente Aslan Bzhania e o chefe do legislativo, Lasha Ashuba, anunciou que o vice-presidente Badra Gunba será o chefe de estado até a realização de eleições antecipadas, previstas para meados de fevereiro de 2025. O conflito entre as autoridades e a oposição na Abkházia teve origem em um acordo de investimento com a Rússia, assinado em outubro passado, que prevê a construção de apartamentos na região.
De acordo com os opositores, a implementação do projeto encarecerá os preços das moradias e afetará as pequenas e médias empresas locais. Em 15 de novembro, partidários da oposição tomaram um complexo governamental em Sukhumi, incluindo a administração presidencial, exigindo a renúncia do presidente.
Após negociações, as partes concordaram que o presidente renunciaria e os manifestantes deixariam o distrito governamental.
A Abkhazia e a Ossétia do Sul, antigos territórios georgianos, proclamaram sua secessão de Tbilisi pouco antes da dissolução da União Soviética em 1991.
Em 8 de agosto de 2008, a Geórgia invadiu a Ossétia do Sul e atacou a capital Tskhinvali, então sob a proteção das forças de paz russas, e outras cidades com artilharia pesada, mas após cinco dias de hostilidades, as tropas enviadas por Moscou expulsaram os militares georgianos.
No final de agosto do mesmo ano, a Rússia reconheceu a independência das duas antigas autonomias georgianas.
A independência da Abkhazia e da Ossétia do Sul também é reconhecida por Nauru, Nicarágua, Síria e Venezuela.
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