O fato foi aqui assinalado pelo treinador de boxe Felipe Fonseca, único colaborador cubano do sector que trabalha actualmente neste país indochinês, num evento comemorativo do Dia da Cultura Física, do Esporte e Recreação. Fonseca lembrou que foi o seu compatriota, o treinador de Guantánamo Manuel Núñez Cintras, quem iniciou este trabalho em 1987, ao qual continuaram mais tarde Lorenzo Moinelo, Ponciano Romero, Honorato Espinosa, Jesús Pinero Cruz e Idel Torriente.
Num encontro organizado pela Embaixada de Cuba aqui, e com a participação de representantes do Ministério da Educação e Desportos, do Instituto do Esporte e do Ministério das Relações Exteriores do Laos, o treinador cubano destacou as inúmeras conquistas esportivas alcançadas pelo seu país após o triunfo do a Revolução, em 1959.
A partir de então, e promovido pelo próprio líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro, o esporte atingiu um crescimento vertiginoso graças à política delineada e que estabeleceu como premissa que a sua prática constituía um direito do povo.
A criação de escolas esportivas em todas as províncias, aliada ao constante aperfeiçoamento da sua capacidade técnica e à abordagem especializada do treino, foram também elementos-chave para tornar Cuba o segundo país da América, superado apenas pelos Estados Unidos, com o maior número de medalhas olímpicas ( 246).
Fonseca destacou especialmente o contributo para essa colheita do boxe, aquele com maior número de medalhas olímpicas com um total de 80, das quais 42 são de ouro.
Cuba também venceu o Mundial Sênior 15 vezes e o Mundial Juvenil 11 vezes, e tem quase uma dezena de boxeadores com dois títulos olímpicos, e dois que detêm três: Félix Savón e Teófilo Stevenson.
Ressaltou que os sucessos do esporte cubano não se limitam apenas ao boxe e citou como exemplos o bicampeão olímpico nos 400 e 800 metros rasos, Alberto Juantorena, único atleta da história a realizar um feito dessa magnitude.
Ele também mencionou a primeira mulher latino-americana a alcançar a glória olímpica no lançamento de dardo, María Caridad Colón, e o recordista mundial do salto em altura, indoor e outdoor, Javier Sotomayor.
Além de elogiar os excelentes desempenhos alcançados pelos judocas e lutadores cubanos, em particular o pentacampeão olímpico grego de luta livre Mijaín López, destacou o lugar relevante que o vôlei feminino, vencedor das competições quadrienais de Barcelona, ocupa na história de esportes na ilha em 1992, Atlanta em 1996 e Sydney em 2000.
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