Esse é o caso de Pete Hegseth, um radialista da Fox escolhido pelo republicano para dirigir o Departamento de Defesa (Pentágono), mas que enfrenta uma difícil confirmação no Senado.
Hegseth, que também é veterano do exército, terá que amenizar as preocupações com as alegações de abuso sexual, cujos detalhes gráficos surgiram em um relatório policial divulgado quarta-feira.
Sua experiência inédita à frente de uma agência importante também está sob análise, informou o jornal The Hill.
Embora nenhum senador republicano tenha se oposto abertamente a Hegseth, basta que quatro legisladores republicanos votem no lado democrata em oposição à indicação para frustrar suas chances.
O primeiro fracasso com um de seus indicados foi o ex-representante republicano da Flórida, Matt Gaetz, que ele queria para Procurador-Geral, mas a onda de comentários negativos foi tamanha que o próprio indicado renunciou à consideração para o cargo.
Trump imediatamente colocou um substituto: Pam Bondi, uma ex-Procuradora-Geral também da Flórida.
A tentativa fracassada de Gaetz é um indício de que, mesmo com uma maioria republicana em ambas as casas do Congresso no próximo ano, o segundo governo Trump pode não conseguir tudo o que pretende em escolhas polêmicas para o gabinete.
A senadora do Alasca, Lisa Murkowski, disse que pedirá uma revisão minuciosa dessas indicações, porque “é o que todos deveriam estar fazendo” para “ver o que está trazendo o entrante”.
Murkowski é uma das poucas republicanas moderadas que restam na Câmara Alta. Ela se opôs com mais frequência a Trump em seu primeiro mandato e disse que não votaria nele em 2016, 2020 ou 2024, lembrou o jornal.
Ela também foi um dos sete senadores republicanos que votaram para condenar Trump por seu papel no ataque ao Capitólio dos EUA em 6 de janeiro de 2021.
Tanto Gaetz quanto Hegseth são acusados de má conduta sexual e são considerados inaptos para o cargo.
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