Tais atos desencadearam a indignação popular e milhares de jovens aderiram à Campanha de Alfabetização, promovida pelo então Governo revolucionário para reduzir o analfabetismo e aumentar a percentagem da população na escola.
Com apenas 16 anos, Ascunce Domenech integrou as brigadas Conrado Benítez, compostas maioritariamente por meninas e meninos, alguns quase crianças e também professores experientes, envolvidos na cruzada contra a ignorância que culminou com sucesso em 22 de dezembro de 1961.
Lantigua, por sua vez, era camponês das milícias que lutavam contra o banditismo, e junto com sua família abrigava o jovem alfabetizador, que durante o dia o ajudava nos trabalhos de campo, e à noite dava aulas à luz do a lanterna do sol que mais tarde se tornou um símbolo desse nobre feito.
Na despedida do luto das vítimas do atroz homicídio, o então Presidente da República, Dr. Osvaldo Dorticós, destacou: “E quem são os responsáveis por este crime? mercenários ou degenerados que cometem o crime.” feito com suas mãos assassinas.
Os dirigentes contrarrevolucionários traidores, que induzem o crime nas praias de verão de Miami (…) os dirigentes do imperialismo, são os responsáveis por este crime”, denunciou.
Muitos dos principais líderes dos bandos rebeldes provinham do aparato repressivo da ditadura de Batista, cujos oficiais haviam sido treinados na obscura Escola das Américas do Exército dos Estados Unidos, instalada na Zona do Canal do Panamá. Nessa instituição receberam formação em técnicas de interrogatório e métodos de repressão para quebrar a vontade dos detidos, que utilizaram antes da vitória rebelde de 1959, para reprimir a atividade revolucionária nos campos e cidades cubanas.
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