Durante o último quinquênio, aumentaram neste país 38 pontos percentuais os ataques contra o pessoal de saúde, e em 80 por cento dos casos foram dirigidos contra mulheres, indica um relatório apresentado pela Associação de Médicos de Origem Estrangeira na Itália (AMSI), divulgado no site digital do jornal Il Sole 24 Ore.

Registrou-se também um aumento de 35 por cento nos atos discriminatórios contra profissionais de saúde de origem estrangeira, que, também por esse motivo, preferem se mudar para a Alemanha, Suíça, Países Baixos ou Reino Unido após seus primeiros anos nesta nação europeia, aponta a AMSI.

O governo italiano aprovou recentemente novas medidas para a proteção do pessoal hospitalar como parte da nova Lei de Segurança, onde são aumentadas as penas contra os agressores.

Prevê-se a detenção obrigatória em flagrante, ou dentro das 48 horas seguintes ao ato, para quem cometer esses atos de violência contra os operadores de saúde, ou danificar as instalações médicas, com pena de prisão de um a cinco anos e multas de até 10 mil euros.

No entanto, os sindicatos de trabalhadores de saúde consideram insuficientes essas medidas e, para exigir maior segurança, entre outras demandas trabalhistas, ocorreu no dia 20 de novembro uma greve nacional do setor, enquanto se prevê uma segunda mobilização na próxima sexta-feira, como parte de uma paralisação geral convocada para esse dia.

Os protestos dirigem-se, entre outros motivos, contra a falta de recursos para a contratação imediata de pessoal para a ativação imediata dos serviços de proteção nos hospitais italianos, a fim de “convertê-los em locais seguros para o pessoal que ali trabalha”, expressaram os organizadores.

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