As empresas eléctricas do país anunciaram que a partir desta sexta-feira e até domingo a interrupção do serviço irá prolongar-se entre seis e oito horas.
Os utilizadores das redes sociais recordaram as declarações do presidente Daniel Noboa, que garantiu que em dezembro acabariam os apagões para voltar a ter uma “vida normal”.
Segundo o Ministério de Energia e Minas, a decisão de manter os cortes é tomada com base em análises técnicas que buscam “de forma prioritária e responsável manter os fluxos de geração de energia elétrica no país”.
Através de comunicado, aquele ministério acrescenta que “trabalha de forma empenhada e ininterrupta” para melhorar as condições da infraestrutura elétrica “de forma a suspender o racionamento de energia até ao final de 2024”.
A oferta do Executivo depende de vários fatores: a disponibilidade de vendas de energia da Colômbia, as chuvas para a produção hidroelétrica e o arranque dos motores de geração que estão atrasados.
A ministra interina de Energia e Minas, Inés Manzano, garantiu que o Executivo cumprirá sua promessa.
“É um desejo, é uma promessa que o presidente fez e estamos prontos para cumpri-la”, disse ele numa entrevista recente a uma estação de televisão local.
Manzano destacou o início dos testes mecânicos da hidrelétrica Alluriquín, localizada no complexo Toachi-Pilatón, que contribuirá com 204 megawatts para o sistema elétrico nacional.
Desde o último dia 23 de setembro, o Equador enfrenta cortes diários de energia que chegam a 14 horas por dia em meio à seca e críticas ao Governo pela falta de medidas oportunas para enfrentar a situação.
Especialistas e cidadãos assegura que a origem da actual emergência energética está na falta de investimento e previsão das autoridades, que não adoptaram medidas oportunas em resposta aos relatórios que previam a seca. rc/avr/ls