Desde 1977, a data adotada pela Assembleia Geral tem enfatizado a necessidade de cumprir esse instrumento para o reconhecimento de duas nações com Jerusalém como um corpus separatum sujeito a um regime internacional especial.
Apesar das décadas que se passaram, dos dois estados previstos nessa resolução, apenas um foi criado até agora: Israel.
Portanto, o Dia Internacional da Palestina oferece uma oportunidade para que a comunidade internacional concentre sua atenção na solução da questão Palestina.
Para isso, em 1975, a ONU criou o Comitê sobre o Exercício dos Direitos Inalienáveis do Povo Palestino, com o mandato de aconselhar a Assembleia Geral sobre programas de defesa do povo palestino.
Na visão do órgão, isso inclui garantias como autodeterminação sem interferência externa, independência e soberania nacionais e o retorno às suas casas e propriedades das quais foram expulsos.
Ao longo dos anos, uma rede de mais de mil organizações da sociedade civil de todas as regiões do mundo foi estabelecida para defender sua causa.
A data comemora uma das dívidas mais antigas da organização e, ao mesmo tempo, promove um espaço para a solidariedade após mais de um ano da ofensiva israelense em Gaza.
No entanto, a solução mais urgente não está à vista, pois os civis palestinos enfrentam uma das piores crises humanitárias da história e as hostilidades atuais já duram mais de 400 dias, com mais de 44.000 mortes somente na Faixa de Gaza.
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