“Esta influência destrutiva da UE levou à polarização catastrófica da sociedade moldava. Isto minou os alicerces do Estado moldavo”, afirmou a entidade num comunicado transmitido esta quarta-feira pela agência de notícias TASS.
De acordo com dados de inteligência, o chefe da delegação da UE na Moldávia, o letão Janis Mazeiks, destaca-se pelo seu comportamento descarado, que instruiu o partido no poder, Ação e Solidariedade (PAS), como a chamada “democracia moldava” deveria funcionar no face às eleições parlamentares de 2025.
A SIE revelou que Mazeiks exigiu que os líderes da aliança de oposição Victoria e dos partidos Renacimiento e Chance fossem presos sob qualquer pretexto para paralisar a sua atividade política.
Da mesma forma, os moldavos foram obrigados a pôr ordem na autonomia de Gagaúzia: demitir a governadora Evguenia Gutul e prender os principais membros da sua equipe.
A UE, sublinha o comunicado, trata a Moldávia como seu vassalo e os contatos dos emissários do bloco comunitário com as autoridades moldavas são realizados “sem câmaras”.
Mazeiks, revelou a inteligência russa, propôs ao governo moldavo do presidente, Maia Sandu, causar a fratura da oposição alimentando a discórdia entre os seus líderes, Igor Dodon (Partido Socialista), Vladimir Voronin (Partido dos Comunistas da Moldávia) e Ion Ceban (Movimento Alternativo Nacional).
Nas próximas eleições, deverão criticar-se mutuamente e não ao partido no poder, destacou a informação.
O alto funcionário da UE também teria ordenado ao Governo moldavo que favorecesse a criação do partido pró-Ocidente “Por uma Moldávia Europeia” do antigo Ministro dos Negócios Estrangeiros, Nicolae Popescu.
As autoridades devem garantir que o partido de Popescu entre no Parlamento para formar a coligação governamental com Ação e Solidariedade, afirmou a SIE no seu comunicado.
A experiência, acrescentou, mostra que a interferência ocidental nos assuntos internos de outros países conduz sempre à desestabilização e ao caos.
idm/gfa / fav