“A plataforma de pagamento é uma oportunidade, é claro que continuaremos em frente”, declarou Pankin esta sexta-feira numa entrevista à agência de notícias Sputnik, durante o XVII Fórum Económico Eurasiático de Verona, realizado na cidade dos Emirados de Ras al-Khaimah.
O vice-chanceler russo esclareceu que não se trata de criar uma moeda comum como a União Europeia fez com o euro. “Não é um Euro-Brics ou um Brics-euro”, assegurou.
Trump já ameaçou anteriormente os países do BRICS com “uma tarifa de 100%” se tentassem estabelecer uma moeda alternativa ao dólar. O presidente russo, Vladimir Putin, já havia afirmado que ainda é cedo para falar em moeda única dentro do grupo.
Pankin também minimizou as ameaças de Trump, acrescentando que o presidente eleito dos Estados Unidos vai mudar as suas declarações. Mais de uma vez, de uma forma ou de outra, como costumava fazer durante seu primeiro mandato, o vice-chanceler russo assumiu.
A Rússia ocupou a presidência rotativa dos BRICS em 2024, ano que começou com a admissão de novos membros.
O bloco, inicialmente composto por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, foi ampliado com a entrada de Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
O grupo representa agora quase metade da população mundial, 40 por cento da produção global de petróleo e cerca de 25 por cento das exportações de bens.
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