Com uma sessão solene as autoridades recordarão esta tarde o aniversário de Quito, cidade declarada Património Cultural da Humanidade em 1978 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Desde o final de novembro, os moradores de Quito celebram a fundação da cidade com uma agenda de mais de 200 eventos, incluindo desfiles cívicos, concertos e festas tradicionais.

O Ministério de Energia e Minas anunciou que não haverá apagões na cidade nesta sexta-feira, mas eles serão retomados amanhã. Ao mesmo tempo, circulam pelas ruas as conhecidas “chivas”, autocarros ou camiões convertidos em pistas de dança móveis.

A música, tradicional ou contemporânea, é acompanhada de gritos de “Qué viva Quito!” Eles são constantes nessas plataformas rolantes.

As Festas de Quito não têm o mesmo sabor sem o tradicional canelazo, bebida preparada com conhaque, açúcar ou panela, anis estrelado e canela, que deve ser saboreada preferencialmente quente e em pequenos goles, segundo os cariocas.

Na véspera, a tradicional serenata de Quito aconteceu na Plaza de la Independencia ou Plaza Grande com a presença do Presidente da República, Daniel Noboa.

Com 490 anos, Quito, construída nas encostas do vulcão Pichincha, a 2.850 metros acima do nível do mar, é reconhecida por ter um dos centros históricos coloniais mais bem preservados da América Latina.

Reza a história que em 6 de dezembro de 1534, o soldado espanhol Sebastián de Benalcázar fundou San Francisco de Quito no coração da Cordilheira dos Andes, sobre as cinzas de um território inca queimado para não deixar nada ao critério do conquistador.

Para alguns, a celebração constitui a reivindicação de um pensamento colonialista, mas para a maioria dos quitensis é o pretexto para celebrar e recordar as suas origens. rc/avr/ls