A coligação diversificada emitiu um apelo unificado a Biden – no pouco tempo que lhe resta na Casa Branca – para reverter as políticas do primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021).
“O embargo (bloqueio) e a designação SSOT (Patrocinador Estatal do Terrorismo) são relíquias de uma política externa fracassada”, disse a senadora estadual de Vermont, Tanya Vyhovsky, de acordo com um comunicado publicado no site oficial do Comitê Internacional da DSA (Democrática Socialistas da América), promotor da iniciativa.
“Enviar ajuda a Cuba não é apenas um ato de boa vontade, é um imperativo moral. Esta é uma oportunidade para os Estados Unidos demonstrarem liderança e compaixão”, acrescentou.
A coligação destacou as graves consequências destas restrições, que privaram a nação caribenha de recursos financeiros vitais e aprofundaram as crises econômicas e humanitárias.
Estes desafios foram agravados pelos recentes desastres naturais, incluindo furacões e terremotos, que deixaram os cubanos com uma necessidade urgente de alimentos, medicamentos e suprimentos médicos, refere o comunicado.
“Os trabalhadores americanos apoiam o povo cubano na sua luta pelas necessidades humanas básicas”, disse Taylor Walker, presidente do Comité Interno e Residente do Sindicato Internacional dos Empregados de Serviços (SEIU, sigla em inglês).
As políticas de isolamento e de guerra económica, acrescentou, “prejudicam as famílias trabalhadoras de ambos os lados do Estreito da Flórida”.
O apelo à ação surgiu após a 32ª votação nas Nações Unidas condenando o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba, observou.
Além disso, surge após uma recente carta do Congresso a Biden, liderada pelos membros da Câmara dos Representantes Barbara Lee (Califórnia), Jim McGovern (Massachusetts), Gregory Meeks (Nova Iorque) e Joaquín Castro (Texas).
A carta instava igualmente Biden a enviar ajuda humanitária e a retirar Cuba da lista unilateral e arbitrária de Estados patrocinadores do terrorismo.
Para a vereadora da cidade de Nova York, Alexa Avilés, “é hora de priorizar a diplomacia e a compaixão em vez de décadas de hostilidade”.
“Ao retirar Cuba da lista SSOT e reverter as restrições da era Trump, podemos abrir caminho para uma relação mais estável e humana, bem como proporcionar ao povo cubano um caminho significativo para a recuperação e resiliência após vários desastres naturais”, disse um fragmento da carta.
O Ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, expressou repetidamente que seu país aprecia as vozes que denunciam o bloqueio dos Estados Unidos, principal causa das limitações e danos sofridos pelo povo cubano.
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