“As temperaturas estão a diminuir e as fortes chuvas causaram graves inundações em Gaza”, sublinhou Bart Witteveen, diretor do IRC para os territórios palestinos, num comunicado.
As famílias deslocadas que vivem em tendas ficam sem abrigo adequado, cobertores e agasalhos para protegê-las do frio, acrescentou.
Witteveen explicou que a esta situação somam-se as restrições impostas pelos militares à entrada de combustível no enclave costeiro, onde vivem mais de dois milhões de pessoas.
Essa política forçou a paralisação de serviços críticos, como a recolha de resíduos e a gestão de águas residuais, o que coloca mais pressão sobre o já enfraquecido sistema de saúde, observou.
As famílias lutam para sobreviver em abrigos improvisados que mal as protegem do frio intenso, disse ele.
A ativista destacou que até à data foram notificadas “mais de um milhão de infecções respiratórias, um maior número de casos de diarreia, doenças de pele e icterícia”.
A pouca ajuda que chega a Gaza não consegue chegar às pessoas que mais precisam devido aos ataques aéreos israelitas, à destruição de infra-estruturas e ao roubo de abastecimentos, tornando as entregas quase impossíveis, detalhou.
Sobre o assunto, lembrou que de acordo com o direito internacional, Israel, como potência ocupante, tem a obrigação legal de facilitar o acesso humanitário.
Exigimos urgentemente combustível, alimentos, água potável, cuidados médicos e abrigo adequado para as famílias antes que a situação piore, exigiu.
Witteveen alertou que “sem ação imediata, milhões de pessoas, especialmente crianças, mulheres grávidas e idosos, continuarão a sofrer condições catastróficas”.
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