Um comunicado da Presidência do Conselho de Ministros indica que, numa reunião de emergência realizada na véspera, convocada pelo Chefe do Governo, Giorgia Meloni, para avaliar a situação naquele país árabe, foram determinadas medidas a adotar, incluindo a suspensão dos procedimentos para lidar com pedidos de asilo provenientes da Síria.
A reunião contou com a presença dos Ministros das Relações Exteriores, do Interior e da Defesa, Antonio Tajani, Matteo Piantedosi e Guido Crosetto, respectivamente, bem como do Subsecretário do referido Conselho, Alfredo Mantovano, na qualidade de autoridade delegada para a segurança da República, em além dos chefes dos serviços secretos italianos.
Foi tomada a decisão de manter a presença diplomática em Damasco e foi dada especial atenção às ações para garantir a segurança dos cidadãos italianos que se encontram em território sírio, bem como a proteção dos cristãos e de todas as minorias, face a um panorama perigoso, complexo e mutável.
Numa altura em que os combates continuam em algumas regiões da Síria, o governo italiano “continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos, em contacto estreito com os parceiros regionais, europeus e do Grupo dos Sete (G7)”, conclui o documento.
Na segunda-feira passada, Crosetto alertou sobre a ameaça que a desestabilização daquela nação árabe representa para o Médio Oriente e a Europa onde, como disse aos meios de comunicação, “está a começar uma transição difícil e cheia de incógnitas”.
O ministro da Defesa italiano considerou que esta situação complexa “vai causar um efeito dominó no Líbano”, país que “está em condições desesperadas há algum tempo”, já que “com o colapso da Síria e a crise do Hizbullah, provocada pela guerra de Israel, a imagem piora” e “arriscamos cenários apocalípticos”.
Existe também o risco de uma onda de refugiados para a Europa como a de 2015, que poderá ser ainda mais grave “com uma União Europeia muito mais fraca do que então”, disse ele.
“Existe o risco de uma maior desestabilização”, razão pela qual “devemos defender a Itália, preparada para enfrentar crises ainda mais difíceis”, sublinhou o ministro.
Numa reunião realizada na manhã do dia 8 de dezembro na sede do Itamaraty, o chanceler italiano analisou com os embaixadores desta nação europeia naquela região as consequências da queda do governo sírio.
Tajani referiu em conferência de imprensa, após a conclusão daquela reunião, que a Itália tem muito interesse na evolução da situação na Síria “dado que é um país que domina o Mediterrâneo, e parece-me que estamos todos interessados em manter uma situação estável.”
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