“(…) Sabemos que elegeremos apenas 19 autoridades das 26 que deveriam ser eleitas, mas ninguém deve ficar em casa, todos devem exercer seu direito de votar e escolher, escolhendo entre as várias opções e evitando votos em branco e nulos que não levam a nada”, disse ele.
Por volta das 07h30 (horário da Bolívia), Hassenteufel deu início ao dia da votação com um discurso na sede do TSE, em uma cerimônia que contou com a presença do Ministro da Justiça, César Siles, dos membros do Órgão Eleitoral, autoridades nacionais, observadores e outras autoridades, além de observadores internacionais.
“Aqueles que não votarem amanhã não terão o direito de reclamar ou mesmo de fazer uma reclamação sobre o mau funcionamento da administração da justiça, se esse for o caso”, disse ele.
Mais de 7,3 milhões de eleitores estavam aptos a participar da terceira eleição judicial da Bolívia.
Inicialmente, em outubro deste ano, o TSE consolidou um total de 7 milhões 333.933 cidadãos elegíveis para as eleições, que foram inicialmente agendadas para 1º de dezembro.
No entanto, após a remarcação do dia da votação para 15 de dezembro, o registro biométrico foi aberto a novos eleitores.
De acordo com dados oficiais, 502 pessoas que completaram 18 anos entre 2 e 15 de dezembro de 2024 registraram-se durante o dia extraordinário de registro de eleitores.
De acordo com Hassenteufel, ao contrário das eleições judiciais de 2011 e 2017, esta é a primeira que não será completa, porque o Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP), que se autoextende, determinou que será parcial, por meio da decisão constitucional 0770/2024-S4.
Como resultado, somente em Chuquisaca, La Paz, Oruro e Potosí serão eleitas as autoridades dos quatro órgãos: o Conselho da Magistratura (CM), o Tribunal Agroambiental (TA), o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e o TCP.
Em Beni e Pando, apenas as autoridades do TA e do CM serão eleitas, enquanto em Santa Cruz, Cochabamba e Tarija, serão eleitos o TA, o CM e o TSJ.
Hassenteufel lembrou que essas eleições deveriam ter sido realizadas em 2023, mas por vários motivos a Assembleia Legislativa não conseguiu concluir o processo de pré-seleção, enquanto os magistrados do TCP prorrogaram seu mandato, que, de acordo com a Constituição, terminou em 2 de janeiro.
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