Dados da Encuesta de Hogares de Propósitos Múltiples constataram que em 2023 havia mais de 1,92 milhão de salvadorenhos vivendo na pobreza, e a pesquisa do BM citada em um artigo do jornal El Mundo afirma que, enquanto outros setores aumentaram suas rendas, as dos pobres diminuíram entre 2019 e 2023.
O economista do BM para El Salvador, Hugo Ñopo, disse que o estudo se concentrou nas camadas socioeconômicas mais baixas, onde foi constatado que a renda do trabalho foi a que mais diminuiu, especialmente nas áreas rurais do país durante o governo do presidente Nayib Bukele.
O especialista acrescentou que a renda não trabalhista também diminuiu, como remessas e transferências domésticas, mas em menor grau.
Estima-se que entre um quarto e um terço da população salvadorenha esteja abaixo da linha da pobreza.
O documento do BM mostra que, entre 2000 e 2023, a taxa oficial de pobreza foi reduzida em 14 pontos, de modo que, no ano passado, pelo menos 600.000 pessoas estavam vivendo em lares extremamente pobres em El Salvador.
Há dez anos, observa o relatório, o BM, ao avaliar a pobreza em El Salvador, recomendou priorizar a eficácia e a eficiência dos gastos, bem como a redução da violência, algo que o país alcançou e que agora é uma oportunidade que deve ser aproveitada.
“Portanto, Ñopo destacou que há uma oportunidade interessante de aproveitar isso para obter melhorias na redução da pobreza e no bem-estar de todos.
O banco acrescentou que as condições gerais favoráveis ao combate à pobreza devem ser acompanhadas da geração de melhores empregos, bem como da promoção da renda rural e de estratégias ambientais e agrícolas, segundo o El Mundo.
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