Depois de quatro anos de controvérsia, a edição da revista publicada pela International Society for Chemotherapy (Sociedade Internacional de Quimioterapia) pediu atenção às preocupações que o trabalho levantou sobre o respeito à ética, já que envolvia testes em humanos.
Também levantou alegações de irregularidades na metodologia de investigação e em suas conclusões.
O estudo de Raoult e vários outros autores, publicado em março de 2020, mostrou bons resultados no combate à Covid-19 após a combinação do medicamento antimalárico hidroxicloroquina e o antibiótico azitromicina.
A pesquisa do Instituto Hospitalar Universitário de Marselha despertou muita expectativa em uma época em que o mundo temia o flagelo da doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, em meio a advertências de cientistas de que o medicamento não poderia ser usado.
Raoult defendeu seus pontos de vista e provocou uma caça às bruxas para desacreditá-lo.
Pesquisas posteriores mostraram que a hidroxicloroquina não era um tratamento para a Covid-19 e até relataram efeitos adversos de seu uso.
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