O ICG, que inclui representantes da Bélgica, da União Europeia, da França, da Alemanha, dos Países Baixos, da Suécia, da Suíça, do Reino Unido e dos Estados Unidos, disse estar profundamente decepcionado com o adiamento da Cúpula Tripartita entre a RDC, Ruanda e a anfitriã Angola, marcada para 15 de dezembro.
Num comunicado divulgado pelo Jornal de Angola, apelaram à preservação e expansão do progresso na procura de um caminho sustentável para acabar com o conflito, e elogiaram o papel de Angola e do presidente, João Lourenço, na mediação para se chegar a um Acordo de Paz através do Processo de Luanda.
O ICG manifestou preocupação com as violações do cessar-fogo e com o recrudescimento dos combates no leste do Congo, e apelou aos líderes regionais para que promovam esforços diplomáticos renovados neste momento crítico e organizem uma nova ronda de conversações o mais rapidamente possível.
O Grupo também apoiou o Mecanismo de Verificação Ad-Hoc, liderado por Angola, e solicitou às partes que lhe permitissem cumprir rapidamente o seu mandato.
A RDC e o Ruanda estão no meio de um conflito, enquanto Kinshasa acusa Kigali de fornecer apoio aos rebeldes M23, que ocupam várias cidades e comunas no leste do Congo, bem como de estarem diretamente envolvidos e roubar recursos minerais.
Por outro lado, o Governo congolês recusa negociar com o M23 porque os considera fantoches do Ruanda, cujas forças armadas participam na agressão contra o território congolês, segundo informações documentadas por especialistas das Nações Unidas.
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